Crédito automóvel super barato em função da marca
Não fique muito entusiasmado com o título. É verdade que o crédito para aquisição de automóvel parece estar a preços de saldo, e está mesmo abaixo o crédito habitação, mas não é para todos os casos, ou melhor, para todas as marcas.
Se pensa aproveitar esta altura para comprar carro novo e pagá-lo a crédito com pouco esforço, saiba que não vai poder escolher o modelo que deseja, ou melhor, vai ter que se ajustar às ofertas das marcas.
Só algumas estão a praticar estas taxas de juro esmagadas e na generalidade nem são para todos os modelos.
Veja então se gosta de algum dos veículos referidos abaixo e se quer aproveitar os saldos.
Porque será que algumas marcas entraram nesta estratégia de crédito barato?
Por necessidade, claro. Depois de terem assistido a uma diminuição de automóveis novos vendidos durante 2012, na ordem das cem mil unidades, os fabricantes de automóveis abraçaram esta estratégia agressiva de disponibilizarem crédito a custo baixo para alguns modelos, com vista a melhor escoarem os seus veículos.
Crédito automóvel Renault e crédito do Banco Volkswagen
A Renault tem uma campanha, associada ao Mégane, em que a Taxa Anual Nominal é nula, num financiamento a cinco anos, e a Taxa Anual Efetiva Global (TAEG), que representa os custos totais para o cliente, é de apenas 1.2%.
A Audi e a Volkswagen também apostam na redução de juros para patamares pouco vistos.
O Audi A1 pode ser adquirido com uma TAEG de 3.79% e o VW Golf pode ir para casa de quem dele se enamorar com um crédito automóvel a uma taxa de 5.31%.
No caso da Renault, o financiamento provém do RCI Banque e no caso da Volkswagen e da Audi, pertencentes ao mesmo grupo, é o do Banco Volkswagen Portugal, recentemente a operar no nosso país.
Em ambos os casos, há recurso ao país de origem dos fabricantes automóveis, onde o crédito é mais barato, e que permite às marcas benefícios em termos de custos financeiros.
As taxas tão reduzidas apresentadas pelas marcas automóveis, e que arrasam a oferta dos bancos tradicionais, e até das financeiras de crédito, são ditadas por certo pelo financiamento externo.
Enquanto os fabricantes vão buscar o financiamento barato às instituições da própria marca na Alemanha e em França, os bancos portugueses enfrentam as limitações da conjuntura económica que Portugal vive, embora vá dando para investirem na dívida pública portuguesa com o financiamento que o Estado lhes dispensa, como denunciamos aqui.