Cartão de crédito à moda do Porto
Costumamos aqui falar de cartões de crédito tradicionais, uma vez que tal instrumento assume valências que se podem confundir com um empréstimo pessoal.
No entanto, hoje falaremos de um cartão de crédito muito especial, que ainda não existe e que a acreditar nas probabilidades, não virá sequer a existir, pelo menos criado pela mão de quem o apresenta e sugere.
Nuno Cardoso já foi presidente da Câmara Municipal do Porto e é atualmente candidato independente à mesma presidência, embora as sondagens indiquem que praticamente não tem hipóteses de o voltar a ser.
No entanto, segundo o Público noticiou, o candidato Nuno Cardoso, apresentou hoje mesmo aquilo que se poderia chamar de cartão de crédito à moda do Porto.
O projeto, propõe o “Escudo do Porto”, uma moeda virtual a ser creditada num cartão social em jeito de cartão de crédito, destinada a remunerar o trabalho voluntário.
A proposta foi feita após uma reunião com o provedor da Santa Casa da Misericórdia do Porto, que parece ter acolhido bem a proposta, considerando-a meritória, ousada, original e acima de tudo, capaz de trazer para dentro da sociedade os cidadãos que atualmente não participam na vida da comunidade.
Nuno Cardoso explicou que se trata de uma solução de economia social, orientada para indivíduos em idade e com condições física e psicológicas que lhes permitam uma atividade económica normal, mas que por estarem desempregados se encontram sem capacidade de gerar fundos suficientes à sua subsistência em condições de dignidade humana.
O Escudo do Porto poderia servir para remunerar o trabalho de voluntários que prestem cuidados assistenciais a outros indivíduos que, além das carências financeiras, tenham dificuldade de movimentação e estejam incapazes de exercer atividade produtiva.
Poderia remunerar serviços prestados por estudantes carenciados em atividades de apoio à vida dos outros estudantes da cidade.
Gratificar pela colaboração na reativação de edifícios, na renovação de jardins ou na criação e manutenção de hortas.
Etc.
OS voluntários poderiam desta forma recarregar com escudos os seus cartões de crédito social, que usariam para a aquisição de bens tangíveis, como refeições em cantinas sociais ou dormidas em dormitórios sociais.
