Nasceram os cartões de crédito quânticos. Através de uma técnica que permite usar criptografia quântica imune a ruídos e interferências, uma equipa de físicos do Max-Planck-Institute em Harvard e do Instituto de Tecnologia da Califórnia – deu à luz o cartão de crédito que é imune à clonagem.

As informações trocadas na transação entre o terminal e a instituição bancária serão determinadas por um protocolo de autenticação do utilizador. É o que refere o estudo que foi publicado nos Proceedings of the National Academy of Science.

Os físicos autores da descoberta, garantem que os bancos e os clientes bancários poderão usar delicados sistemas quânticos para verificar as transações conseguindo assim um sistema de segurança que evitará em definitivo a clonagem de cartões de crédito.

Nos cartões de crédito tradicionais, as informações ficam armazenadas, garantindo a sua presença sempre que necessário.

No entanto, um bit quântico, ou qubit é extremamente sensível e que pode facilmente ser percecionado em erro.

A questão fulcral foi avaliar quantos erros poderiam ser tolerados numa transmissão de informação quântica.

A este propósito, chegou-se à conclusão que em média, não mais do que 83% dos dígitos secretos podem ser replicados corretamente por um falsário, e que o próprio utilizador deve ser capaz de recuperar 95% desses dígitos.

Assim sendo, ao estabelecer-se que o verificador tem um nível de tolerância de 90%, será quase impossível rejeitar transações autênticas, ou aceitar transações fraudulentas.

Ficou demonstrado que é possível construir um protocolo de autenticação quântica que seja tolerante às interferências, sem perder a segurança.

No entanto, não será já amanhã que teremos estes cartões de crédito quânticos, pois para esta tecnologia ter aplicação prática, ainda é necessário desenvolver memórias mais duradouras, aumentando o tempo de vida dos qubits.