Banca já está em guerra de spreads no crédito à habitação

Banca já está em guerra de spreads no crédito à habitação

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10 de Outubro de 2016

Crédito Pessoal

Os números ainda não se aproximam dos valores praticados antes da crise ter dizimado quase por completo o mercado imobiliário, mas atualmente já é possível ir a um banco pedir um crédito à habitação e sair de lá com um spread inferior a 2%.

Banca já está em guerra de spreads no crédito à habitação

As restrições financeiras, particularmente a menor disponibilidade da banca para o crédito hipotecário, condicionaram o acesso à aquisição de habitação própria, mas ultimamente o mercado tem vindo a revelar-se mais dinâmico.

A última instituição financeira a cortar a margem de lucro foi o Banco BIC, que reduziu o spread mínimo de 2,10% para 1,65%. Mas aos movimentos neste sentido decrescente já se fazem há bastantes mesesm

Antes do BIC, já o Bankinter, que no início do ano comprou o negócio comercial do Barclays em Portugal, tinha ‘atacado’ com a margem mínima de financiamento mais baixa do mercado – 1.25%.

Em agosto o Montepio anunciou um corte da margem de lucro, então superior a 2%, para 1.55%, que concorre quase diretamente com o spread de 1.5% praticado pelo Santander Totta desde junho. A Caixa Geral de Depósitos e o BCP também praticam valores pouco penalizadores em relação a estes – mínimos de 1.75%.

É muito pouco provável que, apesar deste guerra comercial entre bancos, os spreads chegue a baixar para os níveis de antes da crise, quando a média não ultrapassava o meio ponto percentual. Mas nas condições atuais, uma margem de 2% já é um sinal bastante verde para quem quer comprar casa recorrendo ao crédito, capitalizando o facto do custo de recorrer a financiamento bancário para compra de habitação estar bem baixo… É que a somar ao spread estão (apenas) taxas de juro associadas ao crédito à habitação, que têm atingido mínimos históricos.

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