Mais uma notícia que atesta a queda na concessão de crédito em Portugal. Desta feita são os dados da Associação de Instituições de Crédito Especializado – ASFAC, que o comprovam, dando conta de um decréscimo de 21.5% na concessão de crédito especializado para o ano de 2012.

As instituições de crédito especializado emprestaram durante 2012, perto de 3467 milhões de euros, o que constitui uma diminuição nos diversos tipos de crédito, caindo o com o crédito clássico 31.6 por cento e o crédito stock derrapando 20.1 por cento.

Particulares e Empresas contribuíram para a descida do crédito clássico, com os primeiros  a serem responsáveis por 91.6 por cento do total deste tipo de financiamentos.

No caso dos particulares, observou-se um decréscimo homólogo de 30%. Já o crédito clássico às empresas reduziu-se em 42.2 por cento.

Pode-se ainda concluir quais são as principais finalidades de crédito, ou seja, durante 2012, para que fins os portugueses recorreram ao crédito:

A esmagadora maioria foi para a compra de meios – 66.8 por cento – seguindo-se a aquisição de artigos para o lar com 19.8% e o crédito pessoal com 11.3%, sendo que neste último particular, o destino do financiamento acabo por ser também algum dos outros fins.

Complementando os números, António Menezes Rodrigues, presidente da ASFAC, refere que 2012 fechou sem grandes surpresas, apontando o aumento da taxa de desemprego e o receio face ao desenvolvimento económico como razões para a penalização da concessão de crédito.

Na opinião do mesmo responsável, caso se atinjam as metas de equilíbrio orçamental, a confiança dos consumidores portugueses vai aumentar gradualmente, e mesmo dando-se um decréscimo do crédito ao consumo, Menezes Rodrigues acredita que pelo menos o crédito automóvel para usados, mostre sinais de recuperação, mantendo, pelo menos, os valores do ano passado.

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