Crédito caro? Veja estas taxas de juro

Crédito caro? Veja estas taxas de juro

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30 de Janeiro de 2014

Crédito Pessoal

Crédito caro? Veja esta taxas de juroQueixamo-nos do crédito caro, e não deixa de ser com razão, pois todos gostaríamos de pagar menores taxas de juros, mas o estado do crédito ao consumo em Portugal é invejável para países como a Argentina.

Na Argentina, paga-se cada vez mais pelo crédito bancário, tendo os custos totais associados aos empréstimos crescido abruptamente nos últimos anos.

Os custos totais de concessão de um crédito podem chegar a quase 80% do valor total do empréstimo, ou seja, para um empréstimo de 1000 pesos, é preciso pagar 800 pesos para além do valor pedido.

Quem na Argentina quiser recorrer ao crédito ao consumo para contrair um empréstimo que permita para um qualquer eletrodoméstico, por exemplo, seja um frigorífico, máquina de lavar roupa ou louça, ou um LCD, acaba por ficar com um único desses electrodomésticos, quando na realidade vai pagar quase dois.

Em Portugal, e para o crédito pessoal, temos um indicador muito preciso do que acabamos pagando quando contraímos um crédito – a taxa anual de encargos efetiva global (TAEG).

Esta taxa é um indicador preciso pois entra em linha de conta com a taxa de juro do empréstimo, mas também com os custos de processamento, as despesas, os eventuais seguros e/ou comissões.

Os argentinos também não se podem fiar apenas nas taxas de juro que lhes são apresentadas pelas instituições bancárias, e para eles, o cálculo o equivalente à nossa TAEG pode chegar aos 78.7%.

Segundo apurou um popular jornal digital argentino, este valor mais elevado, é praticado pelo Banco Francés do BBVA, para um empréstimo a 12 meses.

Mas não pense que este banco pratica taxas assimetricamente altas. A concorrência está muitoperto destes valores.

Veja os números:

  • Banco Francés do BBVA: 78.7%
  • ICBC (chinês): 75.27%
  • Citi (norte-americano ): 73.96%
  • HSBC (britânico): 73.57%

Compare então com os valores praticados atualmente para as várias modalidades de crédito pessoal em Portugal: 6.3% a 19.6%

Mas estas taxas de juros astronómicas têm uma explicação.

O peso, a moeda nacional argentina, caiu abruptamente num só dia, a 22 de janeiro 11% mais, para além dos 24.23% que tinha desvalorizado ao longo de 2013.

A inflação é galopante. Apesar dos dados oficiais apontarem para uma inflação de 10.9% em 2013, várias consultoras indicam que o valor real foi de 28.3%.