Tomada de decisão sobre crédito (mal) aconselhada

Tomada de decisão sobre crédito (mal) aconselhada

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17 de Janeiro de 2014

Crédito Pessoal

Tomada de decisão sobre crédito (mal) aconselhada Inquérito online integrado em projeto que analisa tomada de decisão de crédito ao consumo, manifesta confiança (quase cega) dos portugueses no aconselhamento dos funcionários bancários.

Pasme-se … Então os portugueses confiam nos funcionários dos bancos, para os ajudarem nas decisões de crédito que os envolvem diretamente?

Não entenderão os portugueses que o aconselhamento que receberão não é de todo imparcial. Mesmo fazendo um esforço para o serem, os conhecimentos destes profissionais estão limitados pelos produtos de crédito que conhecem, e que aqueles que as suas instituições comercializam?

Ainda bem que com o advento da Internet, existem sites como o nosso, que imparcialmente divulgam os vários produtos financeiros com imparcialidade e assim contribuem para uma maior educação financeira dos cidadãos. Mas a avaliar pelo estudo, parece que muitos portugueses ainda nos desconhecem.

Os consumidores portugueses gostam de partilhar as decisões sobre finanças e recorrem ao aconselhamento dos funcionários bancários para escolhas de crédito, poupança ou investimento- É esta a avaliação de Ana Cordeiro dos Santos, a investigadora responsável pelo referido estudo.

Um inquérito realizado online e integrado no projeto Behave concluiu que a confiança depositada nas instituições financeiras é superior à confiança nos órgãos de soberania nacionais e que o nível de confiança nos funcionários bancários é maior do que a confiança depositada nas instituições financeiras.

A investigadora do Centro de Estudos Sociais da Universidade de Coimbra coordena o grupo interdisciplinar do projecto Behave, que analisa a tomada de decisão de crédito ao consumo e os fatores que a determinam.

A coordenadora do Behave, conclui que existe uma certa aversão à tomada de decisões financeiras, quer seja de crédito, poupança ou investimento e uma boa parte da população portuguesa recorre ao conselho dos funcionários bancários e outras instituições financeiras.

A um segundo nível de ajuda, para além dos bancários, os portugueses procuram também o aconselhamento de familiares e amigos nas decisões financeiras.

Ana Cordeiro dos Santos chega mesmo a alertar para o que desabafamos acima – o conflito de interesses existente, pois o funcionário bancário tem incentivos para a contratação de crédito e de produtos financeiros que poderão não estar necessariamente alinhados com os interesses do cliente.

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