Portugueses mais pobres e com falta de dinheiro

Portugueses mais pobres e com falta de dinheiro

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12 de Novembro de 2013

Endividamento

portugueses sem dinheiroA perceção dos portugueses quanto à sua riqueza ou pobreza não é animadora. Segundo um estudo do Observador Cetelem 58% dos cidadãos nacionais esperam ver os seus rendimentos diminuírem ainda mais em 2014.

Quando instados a comprar 2013 com o ano anterior, mais de dois terços dos portugueses (65%) avaliam ter perdido poder de compra, só 26% refere ter mantido esse poder de aquisição, e apenas uma reduzida minoria (3%) diz sentir-e mais rica.

Reduzidos no seu âmbito de intervenção com o aumento dos impostos e os cortes nas despesas sociais, os portugueses têm sentido os seus rendimentos a retraírem-se, e não estão otimistas quanto à evolução dos mesmos.

Mais pobres são os mais afetados

Dos indivíduos da classe D, nenhum diz ter observado melhorias no seu rendimento em 2013 e 86% registam ter ficado ainda pior.

São também os que menos esperança têm quanto ao futuro: nenhum espera ver os seus rendimentos aumentados em 2014 e 77% espera mesmo perder poder de compra.

Por outro lado, os indivíduos de classe alta (Classe AB) são os que menos se queixam do impacto da crise na economia das suas vidas.

Apesar disso, 51% diz ter menor poder de compra do que no ano passado, sendo que a maioria (51%) espera perder rendimentos em 2014. Destes últimos, 3% estão mais ricos em relação ao ano transato e 2% espera vir a sofrer uma melhoria nos seus rendimentos.

Mais jovens dizem ser os menos afetados

Por idades, os indivíduos entre os 55 e os 65 anos são os que mais se queixam de perda de dinheiro em 2013: 77% dos portugueses neste escalão etário dizem estar mais pobres.

São também os que tem a pior perceção em relação a 2014, já que 70% espera ver a sua situação piorar.

Os mais jovens (entre os 18 e os 24 anos) são os menos afetados. “Apenas” 55% diz ter perdido poder de compra e menos de metade (49%) espera ver o seu rendimento diminuído em 2014.

A austeridade afeta mais o Porto

Os portuenses são, de longe, os que mais se queixam das consequências da austeridade: 79% dizem ter perdido dinheiro em 2013 e 74% veem a situação piorar no próximo ano.

Não seja esta uma região que está abaixo da média europeia.

Dos habitantes de Lisboa, 70% diz ter visto os seus rendimentos diminuídos em relação ao ano anterior. Contudo, 10% aumentaram o poder de compra, uma percentagem bastante superior à média nacional. São também mais otimistas: a percentagem de alfacinhas que espera perder dinheiro em 2014 baixa para 54%. São 9% os que julgam vir a aumentar o seu poder de compra no próximo ano.

Não seja Lisboa uma região com índice acima da média da QUE, mas que mesmo assim beneficia ainda dos fundos de coesão que deveriam destinar-se às regiões menos beneficiadas de Portugal.

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