Um estudo conduzido pelo Observador Cetelem sobre a utilização do automóvel na Europa, dá conta que os portugueses são os europeus menos utilizam o carro.

O estudo do Banco que dá nome à empresa de crédito Cetelem, adianta que face ao aumento dos custos com o automóvel, o consumidor português tem vindo ao longo do tempo a racionalizar o seu uso.

Dez anos depois, o estudo indica que a quilometragem média anual não deixa de diminuir na Europa, principalmente em Portugal.

Os portugueses estão entre os primeiros no adiamento da troca, na compra de veículos mais pequenos, e nas compras de automóveis de ocasião. Tudo táticas para tentarem tornear o aumento do custo em manterem um automóvel.

Outro indicador refere que Portugal está entre os países que menos valoriza a compra de veículos através da Internet, e que mais considera o vendedor no ato de escolha do veículo.

Os portugueses parecem ser os mais solícitos a recolherem a viatura num entreposto, mesmo que este esteja a centenas de quilómetros de distância, desde que consigam um melhor preço.

Por outro lado, no que às reparações e manutenção diz respeito, os portugueses são os que menos o procuram fazer no concessionário de venda da viatura, preferindo alguns até comprar as peças pagando apenas a mão-de-obra.

O estudo, que é de âmbito europeu, tendo sido realizado para além de Portugal, na Alemanha, Espanha, Bélgica, França, Itália, Turquia e Reino Unido, com base em 4830 indivíduos inquiridos, reconhece cinco alavancas para sair ou pelo menos atenuar a corrente crise da indústria automóvel, que grassa desde 2007.

A principal será por certo a necessidade de diminuir os preços, dadas as limitações financeiras dos consumidores.

Dar a noção de prazer de condução em todas as gamas, e não apenas nas gamas altas, deverá ser uma estratégia das marcas, e por outro lado, a Internet é um canal com potencial para a venda de automóveis, que na opinião do Cetelem merece ser olhado com mais atenção e explorado melhor pelos players do sector.

O observatório Cetelem não o sugeriu, mas fazemo-lo nós: melhorar as alternativas de aquisição de veículos recorrendo ao crédito automóvel ou a outras modalidades de aquisição de veículos a crédito.

Limitar as taxas de juro, conforme se está apenas agora a pensar fazer, e eventualmente conceder alguns benefícios a quem se propõe a comprar um carro novo, que contribui para a melhoria de todos, ao poluir menos e a tornar as cidades principalmente lugares de melhor qualidade de vida.

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