A taxa de desemprego em Portugal em Outubro de 2019 (últimos dados fechados e conhecidos aquando da escrita deste artigo) cifra-se nos 6.5%.

As empresas de crédito especializado e a banca estão disponíveis para assumirem o risco de emprestarem dinheiro a quem não tem actualmente uma fonte de rendimentos fixa? A resposta é Não. Não há entidade financeira que aprove um novo financiamento a alguém que está desempregado.

Quererá isto dizer que esta percentagem significativa da população está excluída do crédito? Alguém sem um trabalho fixo não terá a capacidade de solicitar e de pagar um financiamento?

Há alternativas à aprovação de um crédito pessoal que alguém que está na situação de desempregado pode considerar:

Alternativas ao crédito para desempregados

Para conseguir financiamento para aquele projecto ou para arcar com aquela despesa, ou para melhorar a vida financeira em geral, o desempregado pode tentar as possibilidades que se seguem. Pese embora não serem alternativas óbvias e tão fáceis e rápidas como a da contratação de um crédito ao consumo.

Consolidação de créditos

Se apenas um dos membros do agregado familiar estiver desempregado e como tal sem acesso ao crédito, é possível recorrer ao crédito consolidado. A aprovação da consolidação de crédito está dependente dos rendimentos auferido mensalmente pelos outros membros do agregado familiar, mas como esta modalidade de crédito pode permitir poupar até 60 por cento das prestações mensais dos créditos actuais, poderá conseguir uma janela de oportunidade para aumentar ao capital financiado.

Esta consolidação de crédito até pode ser feita internamente se tiver mais de que um crédito com a mesma instituição. Solicite uma reunião com o seu gestor de conta, geralmente trata-se de uma instituição bancária, para aquilatar da possibilidade de agregar os créditos num único. Os bancos não querem é que entre em crédito malparado e estão disponíveis para lhe facilitar a vida. Com isto, poderá igualmente ter margem para obter mais algum financiamento.

Negociação de créditos

Levando esta estratégia ao extremo, poderá mesmo tentar uma completa renegociação dos seus créditos. Estar desempregado não é sinónimo de deixar de ter responsabilidades com as entidades que lhe concederam crédito anteriormente.

Assim sendo, se o seu orçamento familiar diminuiu drasticamente e não consegue um crédito para desempregados, deverá falar com as entidades bancárias de forma a negociar os créditos para que não entre em incumprimento.

As entidades estão cada vez mais susceptíveis a facilitar o pagamento e a renegociar os valores. Isso ocorre uma vez que é preferível que um cliente demore mais a pagar o crédito do que deixar de o pagar de vez.

Qualquer pessoa particular poderá solicitar este tipo de negociação, desde que não se encontre previamente em situação de incumprimento. Ou seja, desde que não tenha o nome no Banco de Portugal.

Ajuda de pessoas de confiança

Outra alternativa é pedir ao seu companheiro ou a outro familiar directo que seja o primeiro titular de um pedido de crédito. Contorna a situação porque aparentemente o empréstimo não estará a ser realizado em seu nome.

Crédito entre particulares

Procure pessoas disponíveis para lhe emprestarem dinheiro. Este tipo de crédito terá com certeza taxas de juro associadas, dependendo da sua relação com essa pessoa, mas serão decerto mais baixas do que as de um crédito bancário. Pode e deve formalizar este empréstimo através de um documento assinado e reconhecido por um notário.

Documento que deve referir muito explicitamente o valor do crédito, a prestação mensal, o prazo de pagamento e as taxas de juro. O documento será uma salvaguarda para si e para a pessoa que lhe empresta dinheiro.

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