Concessão de crédito com sinais de aperto nos próximos meses

Concessão de crédito com sinais de aperto nos próximos meses

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29 de Janeiro de 2021

Crédito Pessoal

Não sabemos apontar os nomes, mas entre a Caixa Geral de Depósitos (CGD), o Santander Totta, o BCP, o BPI e o Novo Banco, que são os cinco maiores bancos portugueses, três deles prevêem que nos próximos três meses irão tornar ligeiramente mais restritivos os seus critérios de concessão de crédito às empresas. Os outros dois maiores bancos portugueses afirmam que os critérios permanecerão praticamente inalterados.

Concessão de crédito com sinais de aperto nos próximos meses

Os bancos portugueses e do resto da zona euro estão, em média, a prever que se assista a uma maior exigência nas condições de concessão de crédito aos particulares e, especialmente, às empresas.

A expectativa dos bancos é, em média, a de que a procura de crédito por parte das empresas diminua ligeiramente nos próximos três meses, mantendo-se inalterado no caso dos particulares. Estas expectativas são coerentes com o que acontece no total da zona euro. O inquérito realizado a 143 instituições bancárias pelos bancos centrais do Eurosistema revela que elas antecipam, em termos líquidos, um endurecimento das condições de acesso ao crédito, tanto para as famílias como para as empresas, em simultâneo com um decréscimo da procura.

Entre as maiores economias, França e Espanha têm a mais elevada percentagem de bancos a apontar para um maior constrangimento no crédito. A Itália está nos antípodas desta posição.

Para o Banco Central Europeu, que tem vindo a tentar estimular a concessão de crédito por parte dos bancos através de uma política de financiamento ao sector financeiro da zona euro a taxas de juro negativas, o aviso agora dado pelos bancos constitui um motivo de preocupação, já que pode significar que a sua estratégia para reanimar a economia da zona euro está a perder eficácia.

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