Covid-19 levou crédito ao consumo a mínimos históricos
Em plena pandemia Covid-19, o recurso ao crédito ao consumo diminuiu. Números de Abril, altura em que o país e a economia portuguesa estiveram praticamente paralisados, são conta que as financeiras e os bancos concederam apenas 203 milhões em crédito ao consumo, o que representa o valor mais baixo desde pelo menos início do ano de 2013.
Em rigor foram 203.1 milhões de euros, uma redução de 63.19% face aos 551.6 milhões que concedidos em Março. Uma quebra de mais de 300 milhões de euros de um mês para o outro. E já em Março se tinha verificado uma quebra.
Todas as categorias de crédito ao consumo sofreram quebras acentuadas nos montantes concedidos, mas o maior desse decréscimo veio do crédito pessoal e do crédito automóvel.
Nos restantes tipos de crédito ao consumo, a redução foi na ordem dos 62.3%.
No crédito automóvel a diminuição no valor financiado foi de 65.78%, passando de 208.1 milhões de euros para 71.2 milhões de euros.
O montante de financiamento disponibilizado através de cartões de crédito também caiu 57.62% para um valor em torno de 33 milhões de euros.
E como referimos, a queda foi ainda mais acentuada no caso do crédito pessoal com finalidade educação, saúde, energias renováveis e locação financeira de equipamentos, envolvendo, contudo, montantes mais pequenos. O corte foi de 83.88%, passando de 5.9 milhões para 955 mil euros.