Suécia pondera impor amortização para combater endividamento

Suécia pondera impor amortização para combater endividamento

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14 de Setembro de 2013

Endividamento

endividadosPorventura achará que na Europa, que tudo que é particular, família, ou Estado devedor ou endividado, está a Sul.

Mas não é bem assim.

Sabia que os níveis de endividamento das famílias suecas são dos mais elevados da Europa?

Os altos e loiros suecos, estimam que em 2015 o valor da dívida privada sueca atinja os 177% do rendimento da altura.

Hoje, o valor dos empréstimos contraídos pelas famílias excede já em 170% o valor do rendimento disponível e as autoridades escandinavas estão a ficar preocupadas e procuram medidas que evitem problemas no sistema financeiro.

Entre 2004 e 2008, o ritmo de financiamento foi de dez por cento a cada ano.

Medidas mais restritas da concessão de crédito fizeram o ritmo de crescimento desacelerar, mais ainda assim, o financiamento privado na Suécia aumentou 4.5% em 2012, e o pior, é que o ritmo de endividamento dos suecos voltou a dar sinais de estar a acelerar de novo.

Em Julho deste ano, o crescimento dos empréstimos foi de 4.8%, depois de já em Maio e Junho ter crescido 4.6%.

Desde o início deste século, as casas na Suécia já duplicaram de preço e às autoridades preocupa também a eventual formação de uma bolha no setor imobiliário.

A situação de crescente endividamento das famílias, também não é boa para a Banca, cujo valor dos ativos excede o quádruplo do tamanho da economia sueca.

Segundo um relatório recente, divulgado pela Autoridade de Supervisão Financeira sueca, as famílias demorariam, em média, cerca de 140 anos para pagarem os seus empréstimos, assumindo que são mantidos os atuais níveis de amortização.

Carência de capital

Na Suécia, os contratos de créditos mais populares têm carência de capital, permitindo que as famílias optem por pagarem apenas juros no início dos contratos. Só mais tarde começam a juntar aos juros a respetiva amortização do capital em dívida.

Apenas 40% dos suecos que contraíram empréstimos e cuja dívida é inferior a 75% do valor do imóvel, estão a amortizar os seus créditos.

O regulador já tentou combater este estado de coisas, nomeadamente tendo definido que os bancos não podem financiar mais de 85% da avaliação da propriedade a adquirir.

Amortização do capital

Tal não tem sido suficiente e as autoridades e o Governo ponderam introduzir medidas adicionais para impedir que o endividamento continue a aumentar.

Uma das medidas que está a ser analisada é a amortização obrigatória.

O Executivo sueco entende que a amortização obrigatória não é a melhor medida para travar os níveis de endividamento, mas a possibilidade continua a ser equacionada, até porque a decisão final cabe à Autoridade de Supervisão Financeira e não ao Governo.

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