Desde o início da intervenção da troika – há três anos atrás – que as famílias portuguesas têm vindo a pagar o que totaliza 20 238 milhões de euros de dívidas.

Segundo o Banco de Portugal, pesadas essas regularizações, estão ainda por pagar 157 616 milhões de euros, qualquer coisa como 94.6 por cento do Produto Interno Bruto (PIB) nacional.

Há três anos, este indicador estava nos 102.9%.

Do montante pago (essencialmente à banca), 12 774 milhões dizem respeito ao crédito à habitação, a que se somam 7 464 milhões de outros empréstimos, particularmente o crédito ao consumo.

Este nível de desendividamento, uma queda de 11.4% de junho de 2011 a junho de 2014, justifica-se por duas ordens de razão:

• O esforço que tem sido feito para não entrar em incumprimento e para continuar a cumprir os prazos das amortizações.
• O aperto na concessão de novos créditos por partes das entidades bancárias, particularmente para o crédito à habitação.

No entanto, são muitos os que não conseguem honrar as suas responsabilidades de crédito.

Na dianteira das razões para tal ainda acontecer neste cenário de taxas de juro historicamente baixas, então causas como o desemprego, os cortes salariais, a doença e até os divórcios.

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